Em época de crise, empresários devem ficar ainda mais atentos ao Capital de Giro; Veja como se organizar.
No cenário de pandemia do novo coronavírus, controlar o capital de giro para enfrentar a crise é essencial à sobrevivência do negócio. Nesse momento, recursos em caixa funcionam como uma reserva para cobrir despesas da empresa durante o período de redução no faturamento e instabilidade econômica.
A preservação do capital de giro é primordial sobretudo para micro, pequenas e médias empresas, que não dispõem de tanto fôlego financeiro. Confira as dicas a seguir para controlar o capital de giro, enfrentar a crise de frente e sair mais forte lá na frente.
Capital de giro
O capital de giro é aquele dinheiro que faz a empresa girar, quase literalmente. Por isso, trata-se de valores que são usados no curto prazo e são essenciais para a manutenção das atividades do negócio.
No cenário atual de crise ocasionada pela pandemia do novo coronavírus, esse recurso é essencial para a sobrevivência da empresa.
Afinal, a crise já tem demonstrado seus impactos econômicos sobre as empresas — principalmente sobre os micro e pequenos negócios.
Com a redução do faturamento, fica difícil evitar a inadimplência, quitar as folhas de pagamento e dar continuidade às operações.
E é justamente para evitar o agravamento desses problemas que o capital de giro é tão importante.
Ele garante que a empresa se mantenha durante a crise, em um cenário de incertezas, sem a necessidade de recorrer a empréstimos em um primeiro momento.
Controlar capital de giro na crise
Para manter o capital de giro para enfrentar a crise, você precisa dar uma atenção especial ao planejamento financeiro da empresa. Confira abaixo quatro medidas para colocar em prática o mais rápido possível.
Contas a pagar e receber
O passo inicial é manter um controle rígido do fluxo de caixa e definir valores de contas a pagar e receber nos próximos meses.
É uma etapa essencial para definir o capital de giro necessário para contornar os efeitos da crise e saber quanto a empresa tem disponível atualmente para arcar com os custos, considerando a redução nas vendas.
Nessa hora, planilhas e plataformas de gestão financeira ajudam a manter um controle rigoroso sobre o capital de giro e reduzir erros nas previsões e cálculos financeiros.
Visão de longo prazo
É claro que medidas emergenciais são imprescindíveis na crise. Mas você não deve se esquecer de planejar no longo prazo, sobretudo porque a recuperação financeira se estende além do período da crise em si.
Sendo assim, considere as medidas necessárias para uma retomada da saúde financeira do negócio depois da turbulência, definindo o capital de giro necessário para colocar a empresa nos eixos novamente.
Projeção de inadimplência
Com a crise do Covid-19, além da redução nas vendas, você corre o risco de ter um índice maior de clientes inadimplentes. Afinal, a crise afeta também as finanças da população de uma maneira geral. Os bons pagadores de sempre já se tornam também um risco.
Então, a dica é fazer uma projeção financeira realista para os próximos três meses no mínimo.
Estime a inadimplência para saber quanto capital de giro será necessário para cobrir a lacuna no recebimento dos valores de vendas.
Revisão de custos
A manutenção do capital de giro em cenário de crise passa pela revisão criteriosa dos custos do negócio.
O consumidor reduz as compras durante a crise — e já é possível observar esse comportamento durante a pandemia atual. Então, de nada adianta você produzir mais para aumentar o faturamento. O estoque pode ficar parado!
Com a redução do faturamento, se faz necessária a redução dos gastos para não comprometer o orçamento. Algumas estratégias são válidas, como renegociar dívidas, fortalecer a política de cobrança para reduzir a inadimplência e negociar preços com parceiros e fornecedores.