COVID-19
De acordo com o governo, a lista com o ranking dos setores mais afetados pela pandemia visa orientar as agências oficiais de fomento para concessão de crédito.
Segundo levantamento do Ministério da Economia, as atividades artísticas e de transporte aéreo lideram o ranking de atividades mais prejudicadas, seguidas por transporte ferroviário e metroferroviário de passageiros. Na sequência, aparecem os serviços de alojamento e de alimentação.
Segundo a portaria, a lista “é destinada a orientar as agências financeiras oficiais de fomento, inclusive setoriais e regionais, acerca dos setores mais impactados pela crise ocasionada pelo Covid-19”.
“A lista foi elaborada com base na variação do faturamento do setor, segundo dados da Receita Federal. Também foi considerada a relevância do setor na economia, tanto por valor agregado (VA), quanto por pessoal ocupado (PO). Além da margem de cada setor, de acordo com as Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), buscou-se inserir as informações de maneira a levar em conta as particularidades de cada atividade econômica”, informou, em nota, o ministério.
Crédito
Segundo o governo, a lista visa auxiliar as agências no atendimento ao Programa Emergencial de Acesso a Crédito na modalidade de garantia (Peac-FGI), por meio da disponibilização de garantias via Fundo Garantidor para Investimentos (FGI).
O programa criou um programa de crédito com linhas para microempreendedores individuais (MEIs), micro, pequenas e médias empresas.
Confira o ranking das 34 atividades mais afetadas:
- 1 – atividades artísticas, criativas e de espetáculos
- 2 – transporte aéreo
- 3 – transporte ferroviário e metroferroviário de passageiros
- 4 – transporte interestadual e intermunicipal de passageiros
- 5 – transporte público urbano
- 6 – serviços de alojamento
- 7 – serviços de alimentação
- 8 – fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias
- 9 – fabricação de calçados e de artefatos de couro
- 10 – comércio de veículos, peças e motocicletas
- 11 – tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados
- 12 – edição e edição integrada à impressão
- 13 – combustíveis e lubrificantes
- 14 – fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores
- 15 – extração de petróleo e gás, inclusive as atividades de apoio
- 16 – confecção de artefatos do vestuário e acessórios
- 17 – comércio de artigos usados
- 18 – energia elétrica, gás natural e outras utilidades
- 19 – fabricação de produtos têxteis
- 20 – educação privada
- 21 – organizações associativas e outros serviços pessoais
- 22 – fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis
- 23 – impressão e reprodução de gravações
- 24 – telecomunicações
- 25 – aluguéis não-imobiliários e gestão de ativos de propriedade intelectual
- 26 – metalurgia
- 27 – transporte de cargas (exceto ferrovias)
- 28 – fabricação de produtos de borracha e de material plástico
- 29 – fabricação de máquinas e equipamentos, instalações e manutenções
- 30 – atividades de televisão, rádio, cinema e gravação/edição de som e imagem
- 31 – saúde privada
- 32 – fabricação de celulose, papel e produtos de papel
- 33 – fabricação de móveis e de produtos de indústrias diversas
- 34 – comércio de outros produtos em lojas especializadas
Os dados do IBGE mostram que a atividades mais prejudicadas foram as direcionadas às famílias e que demandam maior mobilidade e contato físico, como as relacionadas a serviços, lazer, eventos e turismo, cuja demanda continua sendo afetada por restrições sanitárias ou medo de contaminação.